Mais de 70 por cento dos automóveis ligeiros vendidos em Portugal vai baixar de preço com a entrada em vigor, no próximo dia 1 de Julho, da nova fórmula de cálculo do Imposto Automóvel (IA).Uma descida que as marcas poderão não reflectir nos preços de venda ao público, caso queiram equilibrar a balança com os restantes 30% que verão a sua carga fiscal aumentar, avança o «Correio da Manhã».
A partir de amanhã, na compra de qualquer veículo o automobilista vai ter de estar atento a um pormenor que pode fazer a diferença: as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Isto porque a nova fórmula de cálculo do IA passou a incluir uma componente ambiental, que vai penalizar os automóveis mais poluentes.
Ou seja, a carga fiscal aumenta para os veículos que não sejam amigos do ambiente, genericamente, os mais pesados e de maior cilindrada. Por outro lado, o agravamento será mais sentido pelos automóveis a gasolina do que os a diesel.
Para o segundo semestre deste ano a componente ambiental tem um peso de apenas 10% no total do imposto, ficando os restantes por conta da cilindrada, como até aqui.
Mas a previsão é a de que o peso ambiental vá aumentando de ano para ano, como recomenda um estudo da Comissão Europeia. «Essa é a tendência para os próximos dez anos até à extinção do Imposto Automóvel», explicou, ao «Correio da Manhã», Manuel Rui Santos, director da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA). Trata-se de uma medida que segue a lógica do «poluidor-pagador» que não terá, no entanto, efeitos nas receitas deste imposto, da ordem dos mil milhões de euros por ano, pago no acto de compra dos veículos automóveis.
O que é certo, de acordo com um estudo da ANECRA, é que a maioria dos automóveis vendidos em Portugal ficará mais barata.
A redução da carga fiscal será, na maioria dos casos, inferior a cinco por cento, embora possa ir até aos 15%. Tal como nas descidas, na maior parte dos veículos cujo preço será aumentado a subida não ultrapassará os 5%.
Apesar de saudar a iniciativa, a ANECRA continua a defender a alteração radical da Fiscalidade Automóvel, que tem no Imposto Automóvel o maior factor de perversidade.
1 comentário:
Será que as novas regras de cálculo do IA a entrar em 2007, como o desaparecimento, vão trazer redução do preço do carro? Digo isto tendo em conta também as novas taxas a aplicar para compensar o não pagamento do IA. Estava a pensar comprar um C4 HDI 1.6 que tem baixa cilindrada e baixas emissões de CO2:128 ou qq coisa asim.
Será que me compensa esperar por 2007?
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